Os ex-combatentes do Ultramar estão com André Ventura.

DAVIDE PEREIRA

O Presidente do Partido CHEGA, Dr. André Ventura, ontem domingo, num almoço comício no restaurante Império, assumiu como compromisso eleitoral no Porto, apoiar a causa dos ex-combatentes do Ultramar.

Segundo Germano Miranda, de 70 anos, fundador do movimento COMBATENTES DO ULTRAMAR EM LUTA (CUL), que ofertou um camuflado militar disse, «é um camuflado que um civil pode comprar».

O líder do CHEGA vestiu o camuflado e nunca mais o tirou durante o almoço na cidade Invicta. A emoção foi forte-

Antes do discurso de encerramento do convívio, que se prolongou por mais de três horas, houve um espaço para perguntas e respostas com o líder do CHEGA.

Os ex-combatentes colocaram três questões a André Ventura: pediram uma melhoria na assistência nos serviços de saúde, queixaram-se da «humilhação» de que são alvo «há mais de 40 anos”, aproveitando para acusar «os outros partidos políticos» de os terem esquecido, e apontaram falhas ao cartão do antigo combatente que «só serve para andar nos transportes no PORTO e em LISBOA… é para quem lá vive».
O também um ex-comandante de pelotão em Moçambique, Germano Miranda, que se afirmou militante do CHEGA, quis salientar que se tratou de um almoço entre ex-combatentes para o qual «os políticos foram convidados». «Quem é que esteve ao nosso lado? André Ventura e o Chega», concluiu, agradecendo ao líder do partido, mas observando que a guerra “dos antigos combatentes” ainda não está ganha.

João Magalhães, do movimento UNIR COMBATENTES DO ULTRAMAR, referiu que, no dia 28 de outubro de 2021, altura em que se manifestaram em frente à Assembleia da República, entregaram ao Parlamento e ao primeiro-ministro António Costa um «caderno de direitos». «Fomos carne para canhão numa guerra inglória. Hoje dói-me o coração por não estarmos na história da minha nação», afirmou.

Estamos aqui com a convicção de que a nossa honra vai ficar representada por André Ventura, “pela promessa de que na próxima legislatura vai devolver-nos a dignidade que os partidos do sistema nos roubaram», salientou.

Acesso à saúde e repatriar militares.

Afirmando que há «antigos combatentes que estão à espera há 15 anos para saber se têm ou não acesso a consultas relacionadas com stress pós-traumático» fruto do conflito militar.

André Ventura garantiu que esta é uma situação que será corrigida «já no início da próxima legislatura na Assembleia da República».

Segundo o líder Ventura, ”O Chega vai propor, já nesta primeira sessão legislativa, o acesso gratuito ao Hospital das Forças Armadas a todos os combatentes e respetiva família para poderem beneficiar dos cuidados de saúde que merecem, pelo serviço prestado a Portugal», prometeu o líder do Chega, mostrando também vontade de repatriar os «corpos de mais de três mil compatriotas enterrados no Ultramar».

«Não deixaremos que a Esquerda e a extrema-Esquerda continuem a querer chamar-vos de bandidos e de assassinos nem que continuem a querer trazer à tona ficheiros militares de 1974, 1975 ou de 1969 apenas para humilhar e chamar de bandidos e de criminosos aos antigos combatentes», condenou André Ventura.

Se «o Chega tiver alguma missão histórica», realçou Ventura, «a primeira seria impedir que estes homens e mulheres que hoje querem reescrever a história, não o possam fazer, e devolver a dignidade àqueles como vocês, que são os responsáveis, na verdade, pela liberdade e país que temos hoje».

André Ventura também acrescentou que «Os nossos jovens, nas escolas e nas universidades cresceram a pensar que nos devíamos arrepender da nossa história e pedir desculpa por ela. Hoje há até partidos que pedem que indemnizemos as antigas províncias ou que tenhamos de devolver arte ou cultura. Pela primeira vez, há um partido que, para azar deles, vai ser a terceira força política nestas eleições, que vai completamente contra esta narrativa, que vai valorizar e dignificar a história que tivemos. E há uma coisa que vos garanto: nunca teremos vergonha da nossa história”.

Também afirmou Ventura que lamentavelmente existem «mais de 300 combatentes a viver em situação de sem-abrigo em Portugal».

Neste sentido, Ventura voltou a uma das suas bandeiras e acusou Portugal de ser um «país que trata melhor os refugiados e os migrantes do que tratar dos seus combatentes”.

“Hoje é um dos dias mais emocionantes da minha vida política. Estamos num grande almoço de ex – combatentes do Ultramar e ofereceram-me o uniforme”. Orgulho! O CHEGA estará ao vosso lado!

Fiou a promessa.

LEGISLATIVAS: O PROGRAMA DO CHEGA EM 7 ÁREAS.

Com o lema “Contra os socialismos”. Conheças as propostas previstas em sete áreas:

SAÚDE/SNS

O Chega pretende reformar o SNS “através de compromissos e concorrência equilibrados entre os setores público, privado e social”, incentivando “a contratualização, parcerias público-privadas ou modelos de gestão por objetivos, bem como a possibilidade de generalização do modelo da ADSE”.

TRABALHO/SALÁRIOS

Na única proposta referente ao mercado laboral, o Chega defende “a atribuição de benefícios fiscais nos primeiros anos de inserção dos jovens no mercado laboral, bem como a empresas que contratem sem termo certos jovens ou jovens que tenham emigrado há pelo menos dois anos”.

IMPOSTOS

O Chega pretende diminuir “o peso do Estado na economia reduzindo os impostos”, propondo medidas como a implementação de uma taxa única de IRS, com um patamar de isenção, e a redução do IRC.

JUSTIÇA/COMBATE À CORRUPÇÃO

O Chega quer reformar o sistema de justiça “pela conjugação entre o princípio do poder dissuasor das leis, traduzido no agravamento de penas, e o princípio da simplificação e desburocratização das leis e da sua aplicação”.

O partido liderado por André Ventura propõe a reintrodução da prisão perpétua para crimes como homicídios, terrorismo ou corrupção, a revogação do efeito suspensivo de recursos para o Tribunal Constitucional e a “aplicação da prisão preventiva a suspeitos de crimes de colarinho branco e criminalidade económico-financeira organizada”.

REGIONALIZAÇÃO

No programa eleitoral do Chega não consta qualquer proposta sobre a regionalização.

CLIMA

A única medida sobre o clima que consta no programa do Chega prende-se com os habitantes em zonas rurais: o partido promete desenvolver “políticas que assegurem que os projetos de energias alternativas – solares, hidráulicos ou eólicos – garantam rendimentos aos particulares residentes” nessas zonas.

SISTEMA POLÍTICO

Sem identificar propostas para o sistema político, o programa eleitoral com que o Chega se apresenta às legislativas de 30 de janeiro defende, sobre a organização do Governo, a criação do “Ministério da Família para assegurar a reconstrução moral, cívica, cultural ou económica da família nas diversas áreas da governação”.

Provérbios 28:12 Quando os justos triunfam, há grande glória; quando os ímpios tomam o poder, o povo corre em busca de um lugar para se esconder.

Dia 30 de Janeiro vá votar. Seja responsável. Ajude Portugal a mudar para melhor. Vamos todos votar CHEGA.

Deus, Pátria, Família e Trabalho.

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