Foi com redobrada emoção, porque passei parte da minha adolescência em Angola, que escutei ontem no II Congresso do Chega um dos membros do partido, que ao fazer uso da palavra, trouxe à nossa memória colectiva o facto de que face ao apelo da Pátria: «…foi combater para o Ultramar.»
Teve à sua responsabilidade o comando de um pelotão com quarenta homens e enquanto este por lá andou, a sua mãe rezava por ele todos os dias, como muitas mães o fizeram na altura com rezas e orações. Afirmou no seu breve e notável discurso, já de madrugada em Évora que ele e todos, os do seu pelotão, graças a Deus, tinham regressado bem à Pátria.
Entretanto, ao escutar em direto na net o discurso deste militante, veio à minha memória que durante o processo que se seguiu à descolonização, alguém levantou a questão dos retornados e da ponte aérea entre o Ultramar e a Metrópole. «Que se há-de fazer desses brancos? » E Mário Soares disse: «atirá-los aos tubarões! «.
Recordo-me que na altura estava na moda ser comunista ou socialista, moda essa, que têm prevalecido quase durante 46 anos aproximadamente e estuprado todo o nosso património de um passado glorioso em que a ordem de princípios era: Deus, Pátria e Família.
No twitter alguém perguntava ontem: «E as compensações aos portugueses, que deixaram tudo no Ultramar…quem é que vai pagar?
E eu, Davide Pereira, podia também fazer a mesma pergunta: » e os meus cotas que deixaram tudo na banda no Amboim…!».
A mim, dizia o orador, que trouxe a salvo os seus 40 camaradas de pelotão à Pátria, os socialistas, querem-me dar um cartão de plástico. É tempo de fazer justiça aos ex.combatentes do Ultramar e a muitos outros casos que os comunista e os seu afilhados socialista têm vindo a esconder no armário. Nessa altura uma lágrima caiu.
Eu também fui uma dessas muitas crianças, na altura com 12 anos de idade, que teve de esperar horas a fio numa fila da ponte aérea de Luanda para Lisboa. Não trouxemos absolutamente nada de Angola e como resultado ainda bastante novo fui trabalhar, assim que me foi permitido, devido há idade, para uma fábrica em Alfragide.
Sim, Portugal necessita de um André Ventura, para avivar a nossa memória e juntos resgatarmos a nossa dignidade de sermos portugueses.
Em Évora, meia dúzia de jovens rufias, porque os pais pagam-lhes tudo, aos assobios a quem está cansado de tantas trapalhadas do Governo e a tanta corrupção, um dia irão dizer: Os tais do Chega, afinal tinham razão.
Portugal têm de mudar para melhor. Que este II Congresso do Chega unifique mais os portugueses na busca de um Portugal sem corrupção e de bons princípios.
Chega! Pense nisto.
Davide Pereira.Activista Evangélico.Finlândia.
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