NÃO ME QUEIRAM CONTAMINAR!
Crónica de Davide Pereira, Ph.D. Helsínquia. Finlândia.
Beltessazar na sua juventude, contra a sua própria vontade, foi levado prisioneiro para um país bastante distante do seu. Como se não bastasse, os hábitos e os costumes das pessoas desse país e dos seus respectivos governantes eram totalmente impossíveis de tolerar e muito menos de aceitar.
Beltessazar, embora de tenra idade, não se resignou e rejeitou todas as propostas, subornos, » gasosas» e ofertas que lhe fizeram. Sim! Porque embora fosse um prisioneiro de guerra, era um dos príncipes do seu país. Beltessazar estava consciente que existem hábitos e costumes que são inegociáveis mesmo vindos da mesa dos manjares do Rei.
Diz a História que Beltessazar assentou no seu coração não se contaminar com os hábitos e costumes daquele povo e singrou durante o tempo que ali viveu.
Presentemente o país que escolhi para viver é a Finlândia.
Conhecido pelo seu verde das muitas árvores e dos seus grandes lagos e rios. Durante o tempo da desova é um quadro deslumbrante ver os peixes salmão regressarem do mar e subirem contra as mais variadas intempéries dos rios até chegarem ao local aonde nasceram e aí desovarem. Começa logo depois, um novo ciclo da vida.
Assim foi com este jovem em terras estranhas, cujos hábitos eram como rios de correntes impetuosos que se levantaram contra ele, mas na sua firme convicção disse: Não me vou contaminar. Chega!
Transportando a situação que atravessou Beltessazar, como também a sua respectiva postura para os dias de hoje, será que ele hoje iria manter a mesma posição que teve no passado diante da ideologia idiota da globalização de uma Maria que vai com todos ou diria: Não me queiram contaminar! Basta!
Vivemos dias recheados das mais diversas contaminações que vão desde águas poluídas e inquinadas pelos mais diversos tipos de desperdícios humanos como também naturais. A poluição da atmosfera, a respiração do ar dessa mesma atmosfera, pelas espécies animais e por nós seres humanos…contaminações após contaminações.
É ou foi o coronavírus, foi e continua por aí o HIV e como se não bastasse, uma pseudo peste negra de malas aviadas a caminho da humanidade e ainda, segundas e terceiras ondas de doenças e calamidades.
Não! Não me queiram contaminar seriam as palavras de Beltessazar hoje se fosse confrontado com ter que comer dos manjares da mesa da globalização.
A globalização com a sua onda de deboche e perversão contra a nobreza das nossas raízes, hábitos e bons costumes que prezam a Família, A Pátria e a Língua.
A globalização que constantemente nos bate à porta através dos meios de comunicação com as Marchas do Orgulho Gay como também os filmes de desenhos animados em que a ideologia do género de um modo subtil e camuflado é uma autêntica lavagem de cérebro às nossas crianças e jovens.
A globalização que nos impõe o abrir das nossas fronteiras a uma emigração de um modo desenfreado.
Basta!
Sou português, e como tal, nego-me como o salmão a ir na corrente da onda da globalização.
Pense nisto.
Davide Pereira, Ph.D.Helsínquia, Finlândia.