Davide Pereira. Finlândia.
Luís Roberto di San Martino Lorenzato di Ivrea é um cidadão italiano por direito de sangue e brasileiro por nascimento. Descendente de uma família italiana que no final do século XIX (19) imigrou para o Brasil, aonde com muito esforço e dedicação alcançou sucesso no sector empresarial e na sociedade brasileira.
Eleito deputado em 2018 e com um mandato de 5 anos pelo maior partido conservador da Itália, A LIGA, tem como missão a defesa dos italianos que se encontram no exterior do país.
O seu dia-a-dia divide-se entre S. Paulo no Brasil, aonde tem a sua família, como também a sua base eleitoral, e em Roma na Itália, aonde trabalha como parlamentar em defesa dos 6 milhões de italianos com a cidadania regularizada e o passaporte regularizado a viver além fronteiras.
Pai de família, integro, honesto e trabalhador, pugna e defende os direitos e deveres dos italianos por esses 5 continentes.
No Brasil, Luís Roberto di Ivrea alega defender os mais de 35 milhões de italianos por direito de sangue.
Estivemos há conversa com o deputado Luís Roberto di Ivrea em Roma do Partido A LIGA e quisemos saber qual era a sua posição como politico conservador da direita italiana e como religioso com uma vertente judaico-cristã, e temas, como Deus, Pátria e a Família.
A eutanásia, e o aborto entre outros foram abordados.
Deus, Pátria e Família têm algum significado para si?
Muito! A sociedade para mim como cidadão tem como base sólida a família.
A sociedade é a extensão da família de famílias, segundo as normas e os princípios tradicionais judaico-cristãos. A família tradicional, vamos antes dizer, a família histórica, ela é fundamentada no casamento entre um homem e uma mulher vindo depois os filhos por um acréscimo natural.
Repito e afirmo, a Família Histórica é o enlace matrimonial entre um homem e uma mulher.
Tudo isto sempre sob a égide da religião de Deus que confere a essa união o sentido fundamental de Deus, Pátria e Família.
Considera-se uma pessoa pró-vida?
Devido há minha formação, diz o deputado, sou uma pessoa totalmente contra o aborto e defendo de forma absoluta a vida.
O nascimento, o direito da mulher ser mãe, o dia do nascimento de uma criança, a alegria de uma família ao ver o lar enriquecido com mais um membro, como também eu acho que o que estamos a viver hoje no mundo é um crime, um autêntico infanticídio colectivo apoiado pelos governos e por quem legisla.
Para o deputado Luís Roberto di Ivrea, acérrimo defensor da vida, a eutanásia é mais uma aberração jurídica que os governos mundiais estão a implantar para se livrarem das pessoas que se encontram com alguma dificuldade, assim como também para entrar na vida das pessoas que tem uma tendencia para o sofrimento e ajudarem ao suicídio físico assistido, que é a eutanásia.
A eutanásia é um autêntico absurdo. Nós lutamos contra isso.
Eu fico chocado ao ver as pessoas a defender o direito dos animais, a questão da ecologia para um planeta mais verde, a lutar contra as mudanças climáticas mas, quando se trata do aborto ou da eutanásia existem sempre desculpas pra o justificar.
O aborto como também a eutanásia são um crime.
As pessoas com facilidade vão buscar frases feitas como por exemplo dizerem que “o corpo é meu e faço com ele o que eu bem quero…”
O aborto é um crime injustificável e inegociável.
O aborto é um infanticídio ao ponto de poder aqui afirmar aos leitores deste jornal que até com apenas um dia de gestação é um crime falar em aborto. A concepção é obra de Deus. É um milagre de Deus e interromper uma vida é matar claramente um pedaço de si, porque nessa criança o material genético é de ambos, do pai e da mãe.
Uma criança é o futuro para a construção de uma família, de uma sociedade e de um país.
E o casamento de pessoas do mesmo sexos!!!
O casamento de pessoas do mesmo sexo!?!
Isso é uma aberração, porque não seria um casamento, seria no máximo um contrato civil. O casamento existe entre um homem e uma mulher. Agora, entre pessoas do mesmo sexo, nós não podemos nem citar e colocar a palavra casamento. O correcto é um contrato societário, o direito civil que regeria os interesses económicos da dupla. Essa é a questão.
Portanto eu sou contrário ao casamento dito casamento de pessoas do mesmo sexo. Trata-se da questão de um contrato civil entre essas pessoas no âmbito do direito civil, não tem nada a haver com o direito de família.
Não existe para mim esse tipo de “casamento”.
O senhor considera-se religioso?! Como vê a vertente cristã em termos de politica e o seu apoio a Bolsonaro no Brasil?
Sim! Eu sou uma pessoa religiosa que sempre que possível participa nas atividades da igreja que eu e a minha família frequentamos.
Considero-me um defensor da fé cristã.
Admiro o presidente Bolsonaro por não ter vergonha de dizer que é um homem fé em Deus e isso é um acto muito louvável para o povo brasileiro.
Faz com que eu e milhões de brasileiros prestemos o nosso total apoio ao presidente do Brasil. Ele não ter vergonha de dizer que acredita em Deus, e que o país pode ser um Estado Laico…mas as pessoas não são laicas, as pessoas tem fé…e é louvável ver um Chefe de Estado dar este exemplo. Dar o exemplo que também ele é religioso.
Ele e a Primeira Dama do Brasil não se envergonham das sua origens, religião e cultura.
O que diz sobre mudar a Embaixada do Brasil para Jerusalém em Israel?
A meu ver essa mudança será uma transferencia natural. É completamente impossível negar o facto histórico que Jerusalém é a capital de Israel. Aproveito também esta oportunidade para dizer que apoio a transferência da embaixada do Brasil em Telavive para Jerusalém, a Cidade Eterna de Deus e que a Itália também deveria fazer o mesmo.
O senhor é da direita!?! Como vê a direita na Europa?
Eu sou considerado da direita, sou da direita.
Eu acredito que a esquerda por muitos anos foi-se infiltrando e enraizando na Europa e em especial na Itália, Espanha e Portugal.
Infelizmente também foi acontecendo o mesmo no Brasil.
Na Itália foi através do movimento “granchismo” do professor italiano António Granche. O “granchismo” começou a obter um grande sucesso quando através do ensino e da doutrinação nas escolas influenciou as crianças, com esse plano macabro de nome “marxismo”.
Entretanto na Europa teve lugar uma contra reação a esse plano nefasto da esquerda marxista.
Agora as pessoas, as pessoas normais, as pessoas reais, através das redes sociais começam aqui na Europa, por exemplo na Itália, a descobrir o que está por detrás da esquerda e como tal, começaram a voltar aos valores históricos e morais, há família tradicional, princípios que são da direita.
Agora sim, existe uma frente contra essa onda diabólica, o “marxismo”, que infelizmente foi fundada na Europa.
O deputado Luís Roberto di San Martino Lorenzato di Ivrea faz parte da Comissão de Relações Exteriores da Câmera dos Deputados da Itália.
Nesta assembleia estão representados os deputados de todos os partidos italianos e reunem-se para falar e discutir todos os assuntos relacionados com as relações internacionais da Itália com o mundo.
Luís Roberto di Ivrea como deputado da República italiana foi indicado e faz parte como membro permanente da Comissão das Relações Exteriores da Câmera da Itália. E também acumula o cargo de Presidente da União Inter-parlamentar entre o Parlamento da Itália o Senado e a Câmera e o Parlamento do Brasil de Guyana e Suriname.
Como deputado faz parte da equipe do A Liga. A Liga é o maior partido da Itália e nominalmente da União Europeia. É um partido conservador e o seu líder têm galvanizado os italianos, assim como toda a Europa, para a realidade que no dia-a-dia das “chamadas pessoas normais” não é funcional estar vinculado a “uma esquerda marxista”.
O Secretário Geral da A Liga, além de ser um fenómeno para o crescimento da direita na Itália e na Europa, segundo Luís Roberto di Ivrea, muitos lideres da União Europeia o vêm como uma esperança para uma Europa, aonde se está a perder a liberdade e o crescimento económico, fruto das “ideologias da esquerda marxista”.
Para o deputado Luís Roberto di Ivrea, o Dr. André Ventura, Presidente do Partido Chega de Portugal, de quem é amigo pessoal, diz ter tido o previlégio de apresentar o líder do Chega aos principais dirigentes da A Liga em Florença.
Ambos os partidos políticos têm a mesma visão da necessidade de valorizar as pessoas e a identidade de ambos os países na Europa, digo, Portugal e a Itália.
Para o nosso entrevistado, não há dúvida nenhuma que nas próximas eleições legislativas marcadas para o dia 30 de Janeiro de 2022 em Portugal, o Chega vai se consolidar como uma importante força política e até pode vir a surpreender a muitos analistas políticos.
O cenário da Assembleia da República vai mudar…assim como também na Madeira e nos Açores.
Uma última palavra da sua parte para os nossos leitores no Brasil e em Portugal.
A mensagem que eu quero deixar por fim, aos nossos leitores no Brasil e em Portugal é… não tenham medo da vossa História, da história da vossa família, do vosso passado e olhem com “garra e com gana” para o vosso futuro.
Se nós não conhecemos o nosso passado não podemos vencer e corrigir os erros do presente para conquistar um futuro melhor para os nossos países.
Portante a família histórica em 2.000 anos de cristianismo trouxe essa civilização ocidental tão especial que nós temos e que a esquerda tem estado a tentar destruir. A nossa identidade judaico-cristã para implementar um estilo de família contrário a toda a nossa base de formação e aos nossos princípios bíblicos.
Não tenham medo e muito menos vergonha de assumir a vossa religiosidade o vosso apreço há família e a vossa vontade de vencer e a união cortês entre as pessoas.
Muito obrigado pelo seu tempo Sr. Deputado Luís Roberto di San Martino Lorenzato di Ivrea.
Como comentário final da minha parte, depois desta conversa com o Sr. Deputado Italo-Brasileiro Luís di Ivrea mais uma vez constato que a direita está mais e mais a afirmar-se como a solução para um regresso às nossas origem, às origens dos nossos antepassados em que Deus, A Pátria, a Bandeira Nacional, A Família, o Respeito e o Trabalho Honesto eram a base e a identidade de todos nós.
Davide Pereira.
Finlândia.
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