Davide Pereira.
Passado pouco mais de dois anos de ser criado a 9 de Abril de 2019 e de ter conseguido eleger um deputado nas legislativas desse ano em que foi fundado, o Chega surge nas sondagens como a terceira força política portuguesa , ao destronar o Bloco de Esquerda da Catarina Martins, para as legislativas do próximo dia 30 de Janeiro.
O Chega, de André Ventura para estas legislativas vai ter o terceiro lugar nas intenções de votos dos eleitores portugueses. Como também, segundo alguns líderes religiosos brasileiros dos evangélicos residentes em Portugal e aptos a votar, dizem ser aproximadamente 50.000 mil de entre os 300.000 mil imigrantes dessa mesma comunidade a viver em território português que nas urnas vão votar Chega.
Segundo uma pesquisa, 80% dos brasileiros em Portugal são evangélicos pró-Bolsonaro. A direita brasileira está a mobilizar-se e vai votar no Chega.
Mas de volta ao assunto, o partido político que foi fundado em 2019 e elegeu na altura um deputado, André Ventura, espera já este mês conseguir 12 a 15 ou até mesmo 20 deputados na Assembleia da República.
O Chega, para quem não está familiarizado com as suas raízes começa quando André Ventura afirmou, ”Senti que uma grande parte do partido, para não dizer a maioria, não se revia no meu modelo de pensamento em matérias de relação com as minorias, de Estado de direito, e várias outras questões estruturantes. Em 2019 iriam realizar-se dois atos eleitorais (europeias e legislativas) e entendi que era o momento de criar essa rotura – não era o PSD que tinha mudado, era o meu pensamento que já não se integrava naquilo que o PSD pensava para o país. O PSD tinha-se deslocado para a esquerda, pelo menos para um certo centro do espectro político, e eu entendia que não era aí que o centro-direita deveria estar no século XXI”.
Desde aí não mais parou. As polémicas, as notícias, as críticas – o Chega é rotulado como um partido de extrema-direita, radical, populista, racista, xenófobo, homofóbico -, não pararam André Ventura que foi eleito deputado único do partido em outubro de 2019.
A defesa da prisão perpétua, defende a diminuição da entrada de árabes na Europa, está contra a eutanásia, o aborto, casamentos do mesmos sexo e para desagrado de certos compadrios e de poderes já nauseabundos no poder, o Chega continuou a arregimentar seguidores até aos dias de hoje.
André Ventura rejeita ser classificado de racista ou de homofóbico e vê nesses «epítetos» uma tentativa de acantonar o partido por quem já percebeu «que não pode travar o crescimento do Chega”.
Desde os tempos de Loures, a etnia cigana tem sido alvo preferencial nos discursos de André Ventura.
«Não tenho problema nenhum com os ciganos. Mas há uma grande parte que não cumpre as regras e que entende que o Estado de direito não se lhes aplica. Eu acho que nós só vamos lá, e admito que seja discutível, com um Estado de direito forte e com uma mentalidade de choque, não no sentido de violência, mas de se perceber que existe um problema. Temos de mudar completamente a relação com as minorias, sobretudo com a minoria de etnia cigana, ou um dia vamos ter um problema maior do que aquele que temos, nomeadamente em matéria de cumprimento dos direitos das mulheres, de casamento, subsidiodependência, de respeito pela autoridade e na relação com o padrão de atuação de um Estado de direito. Fiquei chocado com a decisão de um tribunal que dizia que o casamento de menores era uma tradição e que tínhamos de aceitar. Não quer dizer que não aceito que haja especificidades de minorias, entendo é que há limites a estabelecer e esse é um deles, as miúdas serem retiradas da escola aos 12 ou 13 anos e ninguém fazer nada, ou haver uma cultura de subsidiodependência que o Estado prefere manter. Nunca disse que devia haver atuação policial específica contra comunidades ciganas nem que deviam ser expulsas do país. Acho é que temos um problema de integração e, se não o resolvemos, um dia vamos ter a fatura para pagar.”
Uma ocasião, André Ventura ao ser questionado por mim sobre o avanço do marxismo cultural em Portugal durante estes últimos seis anos de governo da esquerda e da extrema esquerda. A ideologia do gênero, como uma das facetas mais agressivas dessa ideologia disse-me, “Avançou em Portugal e na generalidade dos países europeus. Com a muito louvável excepção da Hungria e da Polônia, onde governos são abertamente de direita, sem complexos de esquerda e sem qualquer respeito pelo politicamente correcto, decidiram fazer frente e erguer barreiras. É nossa convicção profunda, minha e do Chega, que o combate ao marxismo cultural e à sua ponta de lança, a ideologia de gênero, ultrapassem as possibilidades de um único partido num único país da Europa. Terá de ser uma luta, feroz e sem tréguas, de uma frente de partidos de direita europeus. Das siglas nacionais hoje reunidas nos partidos europeus ID (Identidade e Democracia) e no ECR (Reformistas e Conservadores Europeus) e de outros que saíram. Alguns acabarão por sair do PPE (Partido Popular Europeu). Só uma estratégia e uma frente comum unindo todos os partidos anti-socialistas e anti-marxistas da Europa poderá ter hipóteses de fazer frente, e de vencer, o marxismo cultural e de regredir suas políticas nefastas, nomeadamente a da ideologia de gênero. O Chega, membro do ID, tem despendido tempo e energia a tentar consolidar essa frente. É um dos nossos grandes objetivos ajudar a criar, e fazer parte, de uma grande frente europeia capaz de vencer o marxismo cultural e as suas políticas letais para o nosso mundo, a nossa civilização e a nossa humanidade como um todo.
Quanto ao que de nós depender, no caso específico de uma ação direta em Portugal, a ideologia de gênero será barrada”.
Também segundo Maria Vieira, ativista do Chega e conhecida figura pública, ”O Chega defende tudo aquilo em que eu acredito no que diz respeito à construção de uma sociedade livre, justa, próspera e verdadeiramente democrática. O Chega não é de extrema-direita. “O CHEGA NÃO É DE EXTREMA DIREITA. O CHEGA É DE EXTREMA NECESSIDADE”. Afirma a atriz que considera o lugar que tem no Chega, um reconhecimento da sua carreira internacional, popularidade e sucesso profissional junto dos emigrantes. Diz mais: “que a esquerda não estava habituada a uma verdadeira oposição de direita, capaz de fazer frente à hegemonia socialista e marxista que vem tomando conta do nosso país (com algumas curtas exceções pelo meio) desde abril de 1974″.
Não receia rótulos, mesmo quando trazem consigo cargas negativas e alertas de riscos. «Assumo-me, sim, como uma mulher e como uma atriz conservadora, cristã, patriota e nacionalista. E não há nada de perigoso no nacionalismo, pois ser nacionalista é amar e respeitar o país onde nascemos, os nossos costumes, as nossas tradições e a nossa cultura e, depois, nenhuma destas características me impede de ser justa e tolerante com todos aqueles que não nasceram em Portugal e que foram recebidos no meu país, desde que todas essas pessoas saibam que têm direitos, mas que também têm deveres que devem ser escrupulosamente observados e cumpridos em nome da tolerância, do respeito e da boa convivência entre as diferentes nacionalidades, raças, culturas e religiões que partilham esta bela e boa terra onde nasci”, acrescentou Maria Vieira.
Sendo Maria Vieira assumidamente uma atriz conservadora, cristã, patriota e nacionalista, aproveitámos a oportunidade para levantar a questão acerca do que pensa o Chega em relação à cegueira dos cristãos em Portugal que, sempre que há eleições, vão literalmente a correr votar em partidos que são contra todos os princípios judaico-cristãos?
“Praticamente em todas as minhas intervenções públicas faço menção a Deus e a seu papel como alfa e ômega da História. E que se sou, o que sou e se faço o que faço, é em seu nome e por sua escolha que faço. Para mim é muito claro.” Diz-nos André Ventura.
Segundo o mesmo, o voto dos cristãos no Chega nestas legislativas do dia 30 de Janeiro “cabe à hierarquia católica e protestante, aos seus padres e pastores, essa missão decisiva. E, se querem saber, não deixa de me surpreender, em cada eleição, o profundo silêncio dos responsáveis quando deveriam ser claros nas suas linhas orientadoras sobre em quem não votar. E se os responsáveis se calam, que responsabilidades poderão ser pedidas a quem foi abandonado por aqueles que tinham obrigação de os esclarecer? É lamentável, mas é essa a verdade.”
Mas para estas eleições legislativas, no tocante aos evangélicos e como resultado e fruto de vários ativistas da mesma, quer portugueses quer brasileiros, o cenário eleitoral está a mudar e já são muitos os púlpitos aonde os líderes estão a apelar aos seus fiéis a combater contra o socialismo anti-cristão votando no Chega.
Em Portugal a Direita têm um nome e esse nome é André Ventura.
Prezado leitor se ainda não tem conhecimento do programa do Chega e faz parte dos indecisos então leia atentamente o Programa para a legislativas.
LEGISLATIVAS: O PROGRAMA DO CHEGA EM 7 ÁREAS.
Com o lema “Contra os socialismos”. Conheças as propostas previstas em sete áreas:
SAÚDE/SNS
O Chega pretende reformar o SNS “através de compromissos e concorrência equilibrados entre os setores público, privado e social”, incentivando “a contratualização, parcerias público-privadas ou modelos de gestão por objetivos, bem como a possibilidade de generalização do modelo da ADSE”.
TRABALHO/SALÁRIOS
Na única proposta referente ao mercado laboral, o Chega defende “a atribuição de benefícios fiscais nos primeiros anos de inserção dos jovens no mercado laboral, bem como a empresas que contratem sem termo certos jovens ou jovens que tenham emigrado há pelo menos dois anos”.
IMPOSTOS
O Chega pretende diminuir “o peso do Estado na economia reduzindo os impostos”, propondo medidas como a implementação de uma taxa única de IRS, com um patamar de isenção, e a redução do IRC.
JUSTIÇA/COMBATE À CORRUPÇÃO
O Chega quer reformar o sistema de justiça “pela conjugação entre o princípio do poder dissuasor das leis, traduzido no agravamento de penas, e o princípio da simplificação e desburocratização das leis e da sua aplicação”.
O partido liderado por André Ventura propõe a reintrodução da prisão perpétua para crimes como homicídios, terrorismo ou corrupção, a revogação do efeito suspensivo de recursos para o Tribunal Constitucional e a “aplicação da prisão preventiva a suspeitos de crimes de colarinho branco e criminalidade económico-financeira organizada”.
REGIONALIZAÇÃO
No programa eleitoral do Chega não consta qualquer proposta sobre a regionalização.
CLIMA
A única medida sobre o clima que consta no programa do Chega prende-se com os habitantes em zonas rurais: o partido promete desenvolver “políticas que assegurem que os projetos de energias alternativas – solares, hidráulicos ou eólicos – garantam rendimentos aos particulares residentes” nessas zonas.
SISTEMA POLÍTICO
Sem identificar propostas para o sistema político, o programa eleitoral com que o Chega se apresenta às legislativas de 30 de janeiro defende, sobre a organização do Governo, a criação do “Ministério da Família para assegurar a reconstrução moral, cívica, cultural ou económica da família nas diversas áreas da governação”.
Provérbios 28:12 Quando os justos triunfam, há grande glória; quando os ímpios tomam o poder, o povo corre em busca de um lugar para se esconder.
Dia 30 de Janeiro vá votar. Seja responsável. Ajude Portugal a mudar para melhor. Vamos todos votar CHEGA.
Deus, Pátria, Família e Trabalho.
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