Acompanhados por agentes da PSP, centenas de manifestantes esperavam pelo juíz anticonfinamento em frente à Procuradoria-Geral da República, onde gritaram várias palavras de ordem e cantaram o hino nacional.
O juiz anticonfinamento entregou uma denúncia contra o Presidente da República, o primeiro-ministro e o Governo por crimes contra a humanidade. Centenas de manifestantes aguardavam pela sua chegada em frente à Procuradoria-Geral da República (PGR), em Lisboa.
Segundo conta a agência Lusa, Rui Fonseca e Castro chegou perto das 16h ao edifício, onde estava uma manifestação que agregou centenas de pessoas: uma centena que já esperava pela chegada do juiz junto à PGR, acompanhados por cerca de dez agentes da PSP, e outra que partiu do Parque Eduardo VII e que se juntou àquele grupo.
No momento em que o juiz se preparava para entrar na PGR, ouviram-se palavras de ordem como “Liberdade”, “Portugal” «O povo unido jamais será vencido», para além de se gritar o nome do denunciador.
Organizada pela associação Habeas Corpus, a manifestação uniu pessoas, poucas a usar máscara, vestidas com camisolas pretas, que cantaram o hino nacional, com bandeiras de Portugal alçadas ou penduradas às costas, e outras a segurar balões brancos e alguns cartazes.
À saída da PGR, Rui Fonseca e Castro recusou prestar declarações à comunicação social, ao caminhar para junto dos manifestantes, que o felicitaram pelo seu ato.
Após a entrega da denúncia, segundo o evento público divulgado no Facebook, a manifestação deveria ter seguido para Assembleia da República, com o intuito de deixar «uma coroa de flores, em sinal de luto pela democracia em Portugal», mas o protesto acabou por regressar ao Parque Eduardo VII, apenas com cerca de uma centena de pessoas.
Rui Fonseca e Castro, o juiz que nega a existência da pandemia, vai ser ouvido em audiência pública pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM) no próximo dia 7 de setembro, no âmbito do processo disciplinar que este órgão lhe instaurou, em que se propõe a sua expulsão. E, a pedido do próprio magistrado, a audiência será pública.
O juiz foi suspenso de funções pelo Conselho depois de ter divulgado no Facebook as suas teorias e de manifestar discordância em relação às regras do confinamento decretadas pelo Governo e pela Assembleia da República, recusando aplicá-las no Tribunal de Odemira, onde está colocado.
Rui Fonseca e Castro, o juiz que nega a existência da pandemia, vai ser ouvido em audiência pública pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM) no próximo dia 7 de setembro, no âmbito do processo disciplinar que este órgão lhe instaurou, em que se propõe a sua expulsão. E, a pedido do próprio magistrado, a audiência será pública.
O juiz foi suspenso de funções pelo Conselho depois de ter divulgado no Facebook as suas teorias...
O juiz foi suspenso de funções pelo Conselho depois de ter divulgado no Facebook as suas teorias e de manifestar discordância em relação às regras do confinamento decretadas pelo Governo e pela Assembleia da República, recusando aplicá-las no Tribunal de Odemira, onde está colocado. Vítor Ribeiro, o inspetor judicial que foi nomeado pelo CSM para fazer o inquérito disciplinar, propôs em agosto a expulsão do juiz da magistratura, a medida disciplinar mais pesada e que é raramente usada em Portugal.
Na rentrée judicial, o juiz negacionista, que tem usado as redes sociais como palco para esgrimir a sua filosofia, vai assim, a seu pedido, subir ao palanque para se defender perante a assistência da proposta do inspetor. A provocação parece ser o estilo de Rui Fonseca e Castro que, depois de um interregno de uma década na advocacia, apenas chegou à magistratura em março de 2020. Além do vírus, o magistrado tem incluído a maçonaria entre os seus alvos preferidos: um dos dardos que utilizou, mal teve conhecimento do processo disciplinar, foi dizer-se vítima de “delito de opinião” e acusar os juízes que o suspenderam de pertencerem à organização “que manda no país”.
O juiz que gosta de lançar achas na fogueira tem sido protagonista de alguns episódios caricatos. Num vídeo, em março, desafiou o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), Magina da Silva, para uma luta corpo a corpo. A razão para o duelo derivava do facto de ter sido esta polícia quem o denunciou ao Conselho Superior da Magistratura, depois de ter disponibilizado na internet uma espécie de cartilha para os cidadãos saberem como reagir judicialmente em caso de multas por não usarem máscara ou desobedecerem às regras do confinamento. Quem saísse vivo retratar-se-ia na televisão como “um fantoche, idiota, pau mandado do Governo”.
Fonseca e Castro também não prima pela coerência: rebela-se contra a ditadura da maioria, mas tenta impor a sua. Na véspera da deliberação do CSM que levou à sua suspensão preventiva, decidiu adiar o início de um julgamento por violência doméstica no Tribunal de Odemira, por entender que não havia condições para apreciar a prova produzida se os intervenientes de encontrassem de cara tapada. O procurador do MP recusou-se a tirar a máscara e a prosseguir o julgamento nas condições que estavam a ser impostas.
DENUNCIA CRIMINAL:
Ministério Público
Procuradoria-Geral da República
Exma. Senhora
Procuradora-Geral da República
Rui Pedro Fonseca Nogueira da Fonseca e Castro, juiz de Direito, titular do NIF …, portador do
Cartão de Cidadão n.º …, com residência na …, e as demais pessoas identificadas no Anexo,
vêm apresentar a presente denúncia criminal contra:
Para ler a denuncia criminal na íntegra, clique no link a seguir ... são cinquenta e uma páginas.
file:///C:/Users/win10/Downloads/Den%C3%BAncia%20criminal%20-%20Crimes%20contra%20a%20humanidade%20-%20.pdf
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